O cinegrafista está indicado ao Óscar 2010 na categoria “Melhor Fotografia", devido ao trabalho que desenvolveu em PM.
Podem ver a entrevista na íntegra clicando AQUI e uma parte traduzida pelos membros do Oclumência, em baixo:
"Qual foi o seu momento mais memorável nesse filme?Delbonnel: Eu acho que foi quando eu vi o passo a passo da cena da caverna e, também, quando eu vi a luz desaparecer do rosto de Dumbledore. Para mim, subitamente adicionou-se tensão e drama apenas com uso da luz de uma maneira simples. Mas também houve outros momentos, como trabalhar com Stuart Craig, o fantástico produtor de design. Nós compartilhamos um monte de ideias e o entusiasmo era impressionante. E andar nos seus sets foi algo que eu nunca havia experimentado antes, em tal nível. Houve muitos momentos memoráveis…Ao assistir ao filme agora, quais são os seus pensamentos sobre ele?Delbonnel: Essa é uma pergunta difícil. Eu estou feliz de tê-lo feito. Eu acho que ele [o filme] parece bom, mas agora eu estou em outro lugar. Eu quero tentar algo novo. Acho que foi provavelmente por isso que eu disse “não” para o último Harry Potter quando me chamaram para fazê-lo. Eu acho que estava com medo de ficar me repetindo. Precisava seguir em frente.Qual foi o maior desafio que você enfrentou no filme para o qual foi indicado?Delbonnel: O primeiro de todos, eu acho, foi ser tão bom quanto os cinegrafistas anteriores que trabalharam em HP: John Seale, Roger Pratt, Michael Seresin, Slawomir Idziak. Queria ser tão bom quanto, mas também diferente. Alguns dos sets estão lá desde o primeiro filme da série. Como eu poderia retratá-los de uma maneira diferente? Essa questãou trouxe também uma outra questão baseada nas séries em si. Se esse era o Harry Potter número 6, a história era menos sobre grandes brigas e mais sobre as relações entre os personagens. Porém, o drama continua lá e eu pensei que seria interessante ter essas histórias tão íntimas ao lado de uma atmosfera tão “dark”. É como se a escola fosse um personagem “dark”. E foi aí que eu sugeri por variações de cinza durante o filme. Felizmente, David Yates e os produtores gostaram da ideia.Aí, em termos de desafios técnicos, eu tive a ideia da cena da “ilha de cristal” na caverna, para adicionar uma luz em movimento. Eu queria que houvesse uma espécie de “dinamismo” com a luz. A cena é um pouco estática em frente à bacia de cristal, em uma ilha que não é tão grande. Eu achei que poderia ser interessante e mais dramático se as luzes pudessem ficar flutuando, circulando acima dos rostos dos personagens (às vezes iluminando-os, às vezes escondendo-os, de uma maneira muito aleatória e imprevisível). (…) Essa foi uma ideia muito desafiadora, porque aquela era a minha única luz e não tinha volta. Eu quero dizer que o que era escuro era realmente escuro. Mas aquela foi uma experiência muito interessante (e talvez eu seja o único a pensar assim…)."
Fonte: Oclumência
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