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QUARTA CRÍTICA
"Primeiro, uma confissão: não consegui ler os livros de Harry Potter. Indo em frente: voltem e dêem-me um tiro. Eu vi os filmes e considerava-os como distracções, mas nunca me senti obrigado a comentar sobre, uma vez que eles são claramente feitos para os fãs [...]. No entanto, agora estamos no sexto filme que mergulhou na totalidade da indústria cinematográfica britânica, e talvez seja hora de dar a Harry Potter e o Príncipe Misterioso os seus méritos. Peço que não me venham caçar e matar-me se discordarem de mim, eu ainda estou a lutar contra os nerds fãs de Crepúsculo. [...]
É bastante óbvio que os livros de J.K. Rowling são cheios de detalhes e cheia de parcelas, subparcelas e sub-sub-parcelas, algumas das quais não podem ser encaixadas num filme. Subsequentemente, Príncipe Misterioso sofre os mesmos problemas dos outros filmes de Potter - há muita coisa a acontecer mas ainda se sente uma pouca insinceridade. Certamente, há muita coisa a ser curtida, mas isso requer uma solução a ser resolvida para se sobressair até ao fim.
A primeira hora é uma energética experiência para dizer ao menos. Depois de um sem graça ataque dos Devoradores da Morte na ponte Millennium (o jornal reporta um grande número de mortos, apesar do facto de que não há ninguém no local bem no momento), o filme passa como se estivesse a engatinhar lentamente, tentando arrancar um humor pelos monótonos desentendimentos românticos entre os alunos de Hogwarts. Harry ama Ginny, Ron ama Hermione, Dumbledore ama Harry (espero que eu não tenha sido o único a perceber uma assutadora vibe sacerdote-menino do coro.) [...]
Uma das coisas boas do filme é a aparição de um rapaz de 16 anos, chamado Tom Riddle, que é quem dá a Harry Potter e o Príncipe Misterioso uma verdadeira onda de suspense. [...]
Os Devoradores da Morte trazem uma verdadeira ameaça quando Helena Bonham Carter, como Bellatrix Lestrange, faz os seus movimentos áereos, além da tinta preta na água, que é realmente fascinante. Tu desejas que o filme inteiro fosse feito por cenas como essas; o director David Yates traz adequadamente a história de Rowling aos cinemas [...], mas pergunto o que Alfonso Cúaron - ou até mesmo alguém como Guillermo Del Toro - poderiam ter feito com o mesmo material trabalhado.
A crítica comenta sobre o desempenho dos actores. Sobre Daniel Radcliffe, ela diz que o actor parece mover-se de cena em cena sem nenhum verdadeiro sentido, e que o seu melhor momento no filme é quando diz que “Mas eu sou o eleito!”. Sobre Emma, apenas diz que tem muito pouco tempo em tela e que seria mais tolerável se não fosse por outros motivos. Entretanto, a crítica destaca que dentre o trio Rupert Grint salva-se no papel de Ron, que durante os alívios cómicos leva o personagem com extrema facilidade, sendo mais charmoso do que o esperado.
A crítica também dá destaque a Evanna Lynch, que embora eles digam que tem muito pouco tempo em tela, se entrega totalmente ao personagem.
Além disso, é dado destaque ao uso ‘exagerado da magia’, como na cena em que Ron acidentalmente é envenenado e basta Harry abrir a gaveta e colocar uns doces na sua boca e pronto. “Graças a Deus tu lembraste-te do Bezoar”, diz Dumbledore. Graças a Deus mesmo, e pronto, a crise acabou. (Nós sabemos que o facto de Harry usar o bezoar não indica que é a magia que é exagerada).
Diferente dos filmes quatro e cinco, este pelo menos parece preparar-nos para algo grandioso. A ausência de Voldemort é sensível, mas o clímax define o que certamente será um formidável último episódio. [...]"
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