SEXTA CRÍTICA
"Como em James Bond, os filmes de Harry Potter continuam a ir e a estourar, imunes ao mundo cinematográfico exterior e seguros no seu universo de Quidditch, Muggles, Inferi e Devoradoresda Morte. Eles têm a sua fonte material perfeitamente equipada, desde o primeiro dia: cada um chega regularmente como num baque e limpam a sujeira dos sapatos no tapete todo o ano, desde 2001, atingindo quase um decreto institucional que tem escapado das adaptações de Nárnia.
Entretanto, houveram muitas mudanças neste sexto filme da série, como por exemplo o adiamento do filme que seria lançado no final do ano passado. A mudança na programação alerta o público de que algo não está bem. O Príncipe Misterioso é adaptado do penúltimo livro da série escrita por J.K. Rowling, e os produtores estão preocupados em não deixarem nada para trás que até dividiram o último filme em duas partes. No entanto, há muita pouca coisa que foi deixada para trás na máquina Potter. O grande estudante - que continua em Hogwarts até aos 17 anos - agora está definitivamente contra o esquelético e loiro Draco Malfoy, que é um tipo de génio do mal que está nalguma missão para Voldemort.
Há muita timidez, bagunça e beijos. Harry irá colar os lábios com Ginny? Ron é inteligente o suficiente para ver que a Hermione… bem, não é só cérebro. As mãos são mantidas acima da cintura em todos os momentos.
Isso pode até ser realmente insinuante, entretanto o que ele faz é deixar as maiores fraquezas em destaque: a maqulhiagem pode (e faz) tudo - salvo o crescimento dos actores. Entretanto David Yates consegue jogar bem as cartas. Embora um pouco desajeitado o seu filme é solidamente construído e cheio de efeitos especiais. Se a batalha entre Harry e Voldemort começar a assemelhar-se a Senhor dos Anéis, é praticamente uma desvantagem, o que é experimentado e testado na linguagem cinematográfica, e faz tudo o que precisa."
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